dos livros e outras histórias
Porque há histórias nos livros, porque os livros têm história e porque há histórias que fogem das histórias dos livros, e são outra história...
6 de outubro de 2015
11 de maio de 2012
As terças com Morrie
As terças com Morrie são de Mitch Albom,
a mim calhou ser quinta feira.
Volta e meia regresso, devagar
desta vez para dançar.
Já vos tinha falado de " De profundis, Valsa Lenta" de Jose Cardoso Pires ?
creio que sim.
Hoje danço às terças com Morrie,
assim um pouco lentamente para agarrar o tempo.
Leiam e façam favor de ser felizes
12 de maio de 2009
STOP
É cada vez mais raro
mas ainda acontece,
ainda consigo ganhar, entre os deves e os haveres
do meu balanço pessoal,
um momento de STOP.
Mais do que a simples pausa,
pausa é ler um livro
levantar os olhos e deixá-los preguiçar pela natureza que nos envolve
ter um súbito devaneio,
aquecer o coração.
STOP.
o que vinha fazendo não me empurra para a frente,
o que tenho que fazer não me estreita o tempo
E o STOP frutifica...
os neurónios voltam a trabalhar
Consigo PENSAR
raciocínio
discernimento
deslumbramento
como é possível viver sem matar esta sede?
Li ontem
Mágoas da escola de Daniel Pennac,
conheço-lhe os romances, de que gosto particularmente pela ternura contida, aliada a um notável sentido da realidade.
Mas este livro é diferente
e ainda igual,
na essência autobiográfica que todos os livros são.
Tema: os professores, a escola, os alunos (os maus alunos?)
Mas,
um livro sobre o profissionalismo,
no fundo, aquilo que esperamos todos
das profissões dos outros (da nossa)
Tenho cheirinhos do texto, seleccionados para vos dar, é só pedir
Assim quebro o silêncio prolongado.
O livro merece este esforço,
de escrita, de atenção
dei o meu melhor, é tudo.
15 de novembro de 2008
4 de outubro de 2008
Já Posso!!!
Posso voltar a escrever aqui, encontrei desculpas daquelas mesmo boas que não há fuga possível,ora leiam bem...
estava a decorrer o mês de Maio e zás, roubaram-me a máquina fotográfica com que tiro lindas fotos das capas dos livros.
terrível.
ando à procura de uma solução e nada me ocorre.
depois foi a sequência do calendário cristão (eu abstémia total) que me trouxe os meses de Junho e Julho que em trabalho acumulam tudo o que não faço em Abril e Maio (bastante)
depois foi o mês de Agosto, esse vilão (que já não é verão) mas ainda me leva para longe de todas as teclas que sempre vou usando durante o passar dos dias dos outros meses
e agora outra ainda:
resolvi pegar num verdadeiro calhamaço, acompanhado de um menos fácil, e de um que se diz para crianças mas que nunca tinha lido,
ou seja,
estou com três inacabados.
Mas, sem fotos,vou dizer o que me andam todos a fazer na cabeça, e depois vou-me embora pegar num deles.
o primeiro, "A riqueza e a pobreza das nações" David S. Landes (sub-título, por que são algumas nações tão ricas e outras tão pobres)
Tema na ordem do dia (!) serão tão ricas (?) tão pobres (?) matérias primas/produção/ venda/negócio/empresa/gestão/investimento/ atrapalhação... bom o livro fala-nos da geografia, da história dos porquês. Ainda a menos de meio, vou viajando aos soluções (é pesado).
o segundo "O meu século" Gunter Grass, Sobre a passagem dos anos nas memórias variadas e diversas de muitos alemães, quase tantos como os anos que um século tem. Estou em 1986, de um livro que começa em 1900 (a minha memória viajou há uns dias por esse mesmo 1986, não esqueço nem lembro sem dor um vão de escada na rua empedrada)
o terceiro, "A volta ao mundo em 80 dias" Júlio Verne. cá está, vou em Calcutá!
Ando com a alma cheia de viagens. vou ver se, acabando as três, volto cá as mais vezes que prometi.
Lendo
15 de setembro de 2008
Crónica de uma morte anunciada
Sim, esta era para ser a crónica definitiva e final, o nome juntaria as duas vertentes bloguísticas e as justificações seguir-se iam à lenta explicação da história do Gabriel.
Assim inverti os sentidos.
As lentas explicações anteciparam-se .
Pergunto-me incessantemente qual o sentido de vir aqui, e de continuar aqui, e as respostas vou recebendo nos comentários e mails, nas conversas com amigos.
E tantas vezes fico por aqui passar e não venho.
Prefiro o body balance, mil vezes e nem sempre consigo ir as duas vezes por semana contratadas, prefiro os meus "arte ataques" tardios feitos com a Ana a salvo da minha panzer pequenina, prefiro ler, prefiro dormir.
A Ana no 5º ano, gerir novos tempos livres, aprender a andar de autocarro, senhas de refeições basquete (sim, parece que também ela se deixou contaminar), aproveitar uma tarde livre dela para ir ver o "mama mia"( o que nos rimos as duas a ver o mama mia). O luis a chorar porque ainda não tem 5 anos, diz que é o único da escola que não tem ainda 5 anos... eu sei que não é verdade, tento dizer-lhe isso, mas ele não desarma, chora baba e ranho, por fim lá me lembro da história " O rapaz que tinha medo" ( editora GATAfunho autores Mathilde Stein e Mies van Hout), e da árvore mágica, explico-lhe que também temos uma dessas no nosso quintal, e que ela lhe vai dar os cinco anos, basta dizer à professora que já tem cinco anos e que a festa será depois por causa de haver muitas festas agora, o choro pára, sorri-me e diz, mãe eu já sei, não é uma árvore mágica, são as framboesas, não é?
Claro Luis.
Depois há que adormecê-los a todos ante de vir para aqui
Jantar, dentinho, xixi, livrinho caminha. Um livro para cada um dos mais novos e conversas de pré adolescente com a mais velha ( depois de ter estado a ouvir as histórias doa mais novos ou de ter estado a ler as dela).
A Isabel agarra-se á minha orelha para adormecer, e pronto, eu que nem tente fugir antes dela ter pregado completamente os olhos, senão afiambra-se com as duas orelhas e é que já não saio de lá tão cedo.
Adormecer crianças é muito bom, mas deveras desgastante acreditem, entre uma hora a uma hora e meia, nos fim das quais não se tem cabeça para pensar em nada, só na nossa própria caminha, quanto mais vir para aqui falar de livros :)
E hoje vinha falar do Gabriel. Gosto tanto deste nome, Gabriel, não sei se pelo anjo se por todos os demónios do que é também Garcia e Marquez. Mas certo é que me faz recordar alguém que também já morreu.
Vinha também pedir desculpa pelas ausências demasiado prolongadas ás vezes
" No dia em que iam matá-lo, Santiago Nasar levantou-se ás 5.30 da manhã..."
assim começa a história
17 de agosto de 2008
20 de julho de 2008
Porto Bike Tour
Este blog participou no Porto Bike Tour.
Uma verdadeira aventura.
Desde o atraso inicial que condicionou o decorrer de toda a história, passando pelo frio à beira foz às nove da manhã e até á pedalada final, muitas foram as peripécias e os bons momentos.
A começar, o descontentamento generalizado do todo o autocarro (75 pessoas bem contadas), quando ao chegar ás bicicletas nos calha um conjunto das que unanimemente foram consideradas as mais feias( não posso dizer a marca). OHOHOHOHOOHO
Depois as avarias e parafusos mal enroscados que condicionaram alguns acidentes, felizmente sem gravidade, e os mecânicos distribuídos ao longo do percurso que não chegavam para as encomendas.
De salientar termos encontrado algumas bicicletas que pertenciam ao Lisboa Bike tour, o que faziam ali? teriam sido deixadas por acaso ou de propósito? há algum prémio por encontrar alguma dessas? o travão de uma delas estava partido, felizmente soubemos disso antes da descida da Afurada...
Descida famosa, íngreme e bem resguardada de eficazes escuteiros, que só à conta do que por nós foi observado, evitaram a queda de pelo menos três pessoas no escasso espaço de 3 minutos.
Enfim, uma sucessão de surpresas e um passeio bonito junto à foz, que terminou em beleza com a expressão fatigada e cheia de "virgulas do Porto" de um mecânico que foi chamado para nos socorrer já no fim da volta.
Para o Ano será Lisboa e depois Madrid ou S. Paulo, quem sabe?
7 de julho de 2008
Requiem
De Antonio Tabucchi
Italiano que se apaixonou por Portugal, e pela cozinha lusa também
E que presta um tributo ao país pelo qual se apaixona, escrevendo um livro nessa língua.
Uma alucinação, que vale bem a pena ler
É pequenino e ainda se lhe acrescenta um espécie de posfácio com o sugestivo título de " Um universo numa sílaba".
Se já conhecem Antonio Tabucchi e gostam, não se vão desiludir, e se não conhecem, é um bom ponto de partida
26 de junho de 2008
Fim de Ano
O fim do ano escolar é sempre mais festivo, barulhento e divertido que o Fim do Ano.
O calor, as festas várias, a roupa curta, as actividades diferentes. Eles começam a crescer de repente, parece que de propósito, para que lhes notem mais diferença no fim do verão. Combinam-se encontros, programam-se férias com avós e pais, e tudo o mais. Os fins de dia começam a ser na piscina, os jantares mais tarde, os pic-nics passam a fazer parte da semana.
Mesmo com o meu trabalho em pleno, de repente parece que tudo muda e já estamos de férias, ou pelo menos a sentir o sabor das férias dos miúdos.
Eu, que até sou uma mamã privilegiada, só trabalho oito horas por dia, tenho família com avós e tios e primos a quem posso recorrer nas aflições, nos apetites, e nos intervalos, ainda me pergunto porque é que a nossa vida não está mais bem organizada em função da deles. É provavelmente uma questão retórica, ou pior ainda, considerada estúpida.
Agora o mais importante é que começaram as férias dos miúdos, e eu já tenho montes (cordilheiras) de coisas para me entreter a fazer, sem ser o "rame-rame" casa, jantar, livrinho e cama( até parece mamã!).
17 de junho de 2008
O Gato Preto
Edgar Allan Poe
Na capa, pode ver-se o focinho de um gato preto, um olho aberto amarelo e o outro com uma cicatriz. Fundo cinzento.
Não tenho feito o trabalho de casa e por isso falta-me a fotografia, vai uma descrição, para vos deixar a imaginar.
Lá dentro o texto não tão sórdido quanto eu pensava. Talvez preconceitos de quem nunca tinha lido o autor(detesto filmes de terror e coisas que tais e assim tinha à priori decidido que, apesar da fama, não iria procurar livros dele).
Ou seja, surpreendeu-me o facto de a personagem estar sempre a interrogar-se sobra a razão das suas acções, e de as considerar más, apesar de as fazer.
Como o intolerável parece banal se o observamos de um ponto de vista destes.
Curioso
Deu-me que pensar.
13 de junho de 2008
Inxala
Um livro rápido de ir ao fundo: quando nos empurram,
Um livro rápido de ir ao fundo: quando nos empurram,
fugimos.
quando amamos forte,
esse amor cresce na distância de o vivermos.
até um dia.
Infelizmente, se o virem nas montras, acreditem apenas no que parece ter, pois é isso que tem: a capacidade de acreditarmos e esperarmos (em simultâneo), depois de fugirmos de tudo e atingirmos algo bem próximo do nosso fim-do-mundo.
8 de junho de 2008
Os seis e a montanha mágica
Ás vezes os fins de semana ficam nos limites da imaginação.
Expedições aventureiras a ver saltar rãs, descobrir cogumelos em rodinhas, musgos que servem para fazer camas, ribeirinhos a oferecer banhos lamacentos e animadas "subidas pelo leito do rio".
Observações furtivas da vida animal (e parental), feitas do cimo da casinha das árvores, quase no segredo dos deuses, (como será possível manter seis crianças em espaço tão pequeno durante tanto tempo e sem os ouvir?)
Banhos de água gelada aquecem a brincadeira que já vem prolongada, e o tempo passa ainda quando chega a brisa no fim da tarde. Jantamos cá fora, a sobremesa são framboesas apanhadas ao entardecer.
No regresso, difícil é não adormecer
2 de junho de 2008
Rio das Flores
De Miguel Sousa Tavares
Desculpa Ana não te deixar ler o livro primeiro para depois poderes "postar" sobre ele, mas de certeza que tens por aí muitos de que nos podes falar e que nós ainda não lemos.
Hoje lembrei-me de falar do Rio das Flores porque daqueles cuja fotografia guardei é o único que tenho a certeza de ainda não ter falado. Contratempos que a mudança de "sítio" de blog nos traz. Por falar nisso, tenho que colocar um link para o blog antigo, pode apetecer revê-lo.
Ia então falar do Rio das Flores.
Gosto da historia do livro por um motivo subterrâneo qualquer que ainda não tive tempo de ir descobrir, talvez a possibilidade de gerar pessoas tão diferentes dentro da mesma casa, a possibilidade de entendimento quando o outro que é diferente de nós é afinal tão igual a nós.
Mas o livro não se resume a isto, e embora reconheça alguma razão na crítica que Vasco Pulido Valente lhe faz, nomeadamente quanto à questão da forma como o autor nos quer transportar no romance histórico, reconheço-lhe o mérito de questionar a nossa capacidade de decidir pelo que realmente queremos.
O que é que devemos/podemos por em causa, por quem e como, que direito temos de fazer de uma ou outra maneira? as "soluções "no livro são umas, nada obsta a que possam ser outras, no nosso imaginário da história.
E se dele tivesse que retirar uma frase, posso garantir que não retiraria aquela que foi escolhida. Como não o tenho por cá, por aqui virei mais tarde para a transcrever.
29 de maio de 2008
25 de maio de 2008
Chama
As velas ardem até ao fim
O título do livro chama,
Chama porque nos alerta, nos confidencia, nos acorda para outra verdade.
Porque as nossas velas são quase sempre incompletas,
tocos brancos ou vermelhos de pavio preto,
na gaveta do rolo da massa,
serviram um dia para a falta de luz,
ocasional,
mais finas, as dos bolos,
sempre de pavio negro
na gaveta dos talheres
para nunca mais.
Quem diria então, que alguém se lembrasse
de dizer, desta forma,
Que existem
Velas destas,
com todo o seu potencial tempo de vida
realizado.
O livro não tem palavras minhas e como o emprestei não tiro frases.
Indico com gosto de oferecer aos outros o prazer da descoberta que desfrutei ao lê-lo.
Uma viagem ao interior humano conduzida de forma sublime.
O título do livro chama,
Chama porque nos alerta, nos confidencia, nos acorda para outra verdade.
Porque as nossas velas são quase sempre incompletas,
tocos brancos ou vermelhos de pavio preto,
na gaveta do rolo da massa,
serviram um dia para a falta de luz,
ocasional,
mais finas, as dos bolos,
sempre de pavio negro
na gaveta dos talheres
para nunca mais.
Quem diria então, que alguém se lembrasse
de dizer, desta forma,
Que existem
Velas destas,
com todo o seu potencial tempo de vida
realizado.
O livro não tem palavras minhas e como o emprestei não tiro frases.
Indico com gosto de oferecer aos outros o prazer da descoberta que desfrutei ao lê-lo.
Uma viagem ao interior humano conduzida de forma sublime.
20 de maio de 2008
11 de maio de 2008
Limão
Tenho pelo limão uma inebriante paixão.
O seu perfume, o sabor da limonada, o chá,
os sabonetes limonados
tudo coisas que não me deixam indiferente.
Sinto-me irracional quando se trata de coisas com cheiro a limão.
Tenho no quintal dois limoeiros e uma produção generosa,
chego a usá-los como amaciador de cabelo,
uma delicia quase luxo que no meu caso é apenas mais uma forma de não deixar que se estraguem.
E, supra sumo das maravilhas, há tempos atrás ensinaram-me uma receita de doce de limão
desculpem,
o mel dos deuses
a minha maior tentação
Lembrei-me da Ana nas suas paixões,
das belas receitas caseiras que nos fazem crescer água na boca,
e resolvi partilhar a receita,
pode ser que ande aí alguém como eu
e que queira experimentar a perdição.
Então é para juntar dois ovos batidos com 250 gramas de açúcar, 60 gramas de manteiga e raspa e sumo de dois limões médios, leva-se a ferver em Banho Maria até engrossar um bocadinho e pronto, já está.
Não vale comer quente
1 de maio de 2008
Os Pilares da Terra
Livro de Ken Follett, parece que o autor até é bem conhecido embora não no estilo romance mas no crime e mistério.
Neste romance, dividido em dois livros, somos levados para a idade média na Inglaterra, mas tão bem levados que nem damos conta. O livro tem também o seu bocado de conspirações e crimes, tão habilmente envolvidos na narrativa apaixonante de um Pedreiro que sonha construir um catedral, que tornam mais verosímil a própria história.
São muitas páginas, dão-nos conta de como por vezes a força dos sonhos é transformadora, como pode transformar-nos e transformar os que nos rodeiam, e de como apesar disso, ou por causa disso mesmo, somos sempre tão imprevisíveis.
Prendeu-me a atenção durante todo o tempo de leitura e cada pausa foi sempre um prenuncio de mais um bom momento de leitura.
25 de abril de 2008
24 de abril de 2008
CCB
Este fim de semana estivemos na festa da música.
Desculpem o provincianismo mas saímos de lá bastante desapontados, não pela qualidade musical dos intérpretes ou da música em si, mas pelas falhas na organização do evento.
Num lugar tão falho de estacionamento, podiam incentivar a vinda por comboio + metro ou autocarro, só ficava bem, e ajudaria os incautos vindos de outros lugares do país.
Os quatros da música, actividades para crianças supostamente a decorrer durante os espectaculos, foram realizados em espaços exíguos, sem indicação do tempo que demorariam a decorrer, e sendo alguns de 45 minutos e outros de 1 hora e meia. Marcar a actividade para as 13 pensando que às 14 poderíamos assistir a um concerto, foi apenas um dos percalços desta nossa viagem.
O espaço não foi dimensionado para uma afluência tão grande de gente, o que ficou provado quando cerca das 16 horas tentámos, em vão, adquirir algo que se parecesse com um lanche. Filas intermináveis e falha de alimentos, nos dois "bares" do CCB o mesmo se passando com a pequena banca improvisada que montaram no exterior. Nem falo do número de casas de banho disponíveis, aí a organização nada poderá fazer.
A desilusão maior foi entrar num espectáculo com a indicação de PARA A FAMÍLIA, e nele não ter visto NADA, que o diferenciasse dos outros espectáculos. (excepto o número invulgarmente grande de crianças na sala, que na primeira parte foram bocejando e semi-adormecendo, para acordar na segunda parte, fruto de uma música mais alegre e ritmada).
Nada temos a dizer da qualidade musical, assistimos por exemplo à apresentação, pela orquestra do Algarve, da peças As quatro estações, com uma solista em violino fantástica. Era também um espectáculo PARA A FAMÍLIA, mas nunca ninguém se dirigiu ao público, para apresentar as peças, chamar a atenção para alguma particularidade, NADA. ATROZ do ponto de vista formativo.
Parece que na Gulbenkian as coisas funcionam melhor, não quererão dar por lá uma olhadela para aprender?
16 de abril de 2008
Limites
Cinema,
obra literária reinventada.
Hoje fui,
redescobrir o livro que quase esqueci depois de tantos anos.
Saí com as palavras finais em mim,
como uma daquelas indicações que nos orientam na estrada...
"A morte é que tem limites,não a vida"
(a ordem das palavras pode não ser totalmente a verdadeira)
15 de abril de 2008
COLOMBO
A Última Viagem de Colombo, de Martin Dugard.
A História incrível das viagens de Colombo, dos revezes que sofreu, e da persistência com que navegou.
A imagem de um Homem que se dedicou à sua paixão. Um poema do mar.
Anda emprestado agora, fico sem livro para referenciar passagens. Poderei referenciar imagens.
A de um Velho Lobo do Mar, cego do sol nas águas e tão lúcido por dentro desse nevoeiro.
Inacreditável a forma como se navegava há 500 anos atrás no ocidente.
9 de abril de 2008
Pequenas maravilhas da animação
Video Verdi - Traviata - Choeur Bohémiens - Classique, Opéra, Verdi, Traviata, Animation - Dailymotion Partilhar Seus Vídeos
Há coisas a que não se consegue resistir, como esta pequena maravilha da animação e música, que prende os meus miúdos( e a mãe) vezes sem conta aqui qo ecrã
30 de março de 2008
Massai
Casei com um Massai ou a história triste de alguém que quis construir uma ponte entre culturas, por paixão, e que não percebeu o quanto foi incompreendida. Ou história de uma paixão que lhe mudou o mundo, sem no entanto o ter verdadeiramente mudado.
A senhora que casou com o Massai, aparentementente apaixonadíssima e capaz de tudo para viver com ele, mas que não foi capaz de se adaptar a nada ter, para com ele ficar. O seu empreendedorismo foi-lhe fulminante na relação por a tornar mais importante que o seu marido. Desconfio que a senhora nunca se apercebeu disso, ou o texto assim parece fazer querer.
A mim pareceu mais uma história triste do que um bom livro para ler.
Não quero ir embora sem falar num bom livro, tremendo e grandioso, já aqui referido pela Isi. Reforço a ideia, La Nuit Blanche de St Petersbourg, e também uma noite em branco para o ler. Desculpem os mais interessados, não encontro a referencia a que lhe fez Isi num post anterior, e também não lhe guardei fotografia (é um dos emprestados), se quiserem mais referencias digam que irei saber à origem está bem?
Acabo de encontrar fotografia, aqui a junto.
24 de março de 2008
Body Balance
Por acaso andava cheia de tempo sem ter nada que fazer,
aborrecia-me imenso,
e eis senão quando me chegam a casa com a tentadora proposta de começar a ir ao ginásio...
Perante o "ultimato" de um cartão com validade de apenas um mês( duas sessões por semana), e a insistência de :
- experimenta o body balance
e eu :
- mas detesto ir a ginásios, gosto de fazer desporto ao ar livre ( tipo choupal, bicicleta, andar a pé...) e jogar basquete. Pois, basquete é mesmo ao ar livre !
Ok, vou experimentar.
Nem sei o que me deu, nem precisei de duas semanas e já estou a magicar maneiras de não faltar uma única vez.
Respiração, flexibilidade,força e movimento, num conjunto equilibrado e eis-me rendida.
Entrar bem mas sair melhor, mais bem disposta ainda. Pergunto-me se será apenas o fascínio da novidade. Daqui a tempos saberei. Sim, porque parece que o projecto é para continuar. Se entretanto não me lesionar nalguma das posições mais complexas.
19 de março de 2008
Planisfério Pessoal e Africa Acima
Entretive-me no Planisfério Pessoal do Gonçalo Cadilhe, sem deixar de me ir lembrando do meu muito menos abrangente, mas igualmente com lugares e momentos cujas coordenadas me foram fazendo crescer. O Talasnal é um deles, da linha até ao Castelo, mochila às costas e uma dúzia de miúdos de oito anos carregados até às orelhas (na opinião deles, claro), a subida ingreme, de repente as casas e ainda tanto que subir, as piadas inevitáveis de quem sobe sem mãos a medir.
O Planisfério do Gonçalo leva-nos em volta do mundo, as vezes melhor outras nem por isso, mas sempre com um certo espírito de viajante que dá gosto ler. Por isso embarquei com ele Africa acima, sem me arrepender.
Se tiverem tempo para viagens experimentem e contem como foi.
13 de março de 2008
Palavras ditas
Queria escrever um texto curto mas só me saem coisas compridas.
É o preço que se paga pelo tamanho do silêncio, creio.
Opto por escrever de cada vez pequenas partes do texto maior que me cabe dentro, tenho ideias em atraso que se atropelam e só assim as conseguirei acalmar.
Também é difícil recomeçar depois do silêncio,
o que era para ser um breve pausa para festas acabou por se transformar neste buraco negro que me comia as palavras ainda mal eram pensamento. Tudo começou com uma sobrecarga de actividades, agravou com alguma má gestão do tempo e terminou por ser uma grande preguiça de fazer mais.
Nas entrelinhas há outros pormenores, mais tarde talvez.
O relógio biológico também não tem ajudado, agora dá-lhe para me ameaçar com um frio enregelante a partir das dez da noite que me atira irremediavelmente para os lençóis, único sítio onde, com a ajuda de um livro, sou capaz de me manter sem frio até chegar o sono.
Há pois palavras por dizer e histórias por contar.
Regresso.
Passeei pela "Soma dos dias" pela mão de Isi, e pergunto-me como pode uma autobiografia ser tão história? Sempre que lhe leio os livros encontro histórias que podiam ter sido reais, romances baseados em acontecimentos, e fico sempre com a sensação de que é a própria autora a viver aquilo de que está a falar, a vive-lo á maneira dela, contando-nos a história como poderia ter acontecido se lá estivesse. A história da sua vida é o desenrolar desse caminho feito de aprender.
Obrigada pela leitura Isi
8 de março de 2008
Oração do Tempo
És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo
Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo
Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo
Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo tempo tempo tempo
Ouve bem o que eu te digo
Tempo tempo tempo tempo
Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo tempo tempo tempo
Quando o tempo for propício
Tempo tempo tempo tempo
De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definitivo
Tempo tempo tempo tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo tempo tempo tempo
O que usaremos pra isso
Fica guardado em sigilo
Tempo tempo tempo tempo
Apenas contigo e comigo
Tempo tempo tempo tempo
E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo
Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo tempo tempo tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo tempo tempo tempo
Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo tempo tempo tempo
Façam favor de imaginar cantado por Maria Bethânia,
O silencio não dura sempre mas é sempre doloroso...
27 de novembro de 2007
Ontem fui dar um passeio por aí.
Gosto muito de andar e a verdade é que ultimamente tenho andado mais a correr.
Hoje os meus olhos pedem sono e falta-me ler ainda quinze minutos.
Mas queria mostrar-vos que ontem andei por aí,
e ver isto soube-me bem.
18 de novembro de 2007
adição
A Isabel Allende é normalmente uma boa notícia que chega às livrarias. Confesso que nem sempre merecedora da expectativa. Agora que tornou matemática a sua vida e nos mostrou as contas feitas, encantou o meu sentido de família e agradeci em todas as páginas a partilha. É a vida. Mesmo. E as formas diferentes de como a encarnamos, não só em corpo mas também e especialmente, em espírito.
Já se fazem planos para criar a nossa versão da Irmandade da perpétua desordem:
Já se fazem planos para criar a nossa versão da Irmandade da perpétua desordem:
“Nunca fazer mal e fazer bem sempre que pudermos.”