13 de março de 2008

Palavras ditas


Queria escrever um texto curto mas só me saem coisas compridas.
É o preço que se paga pelo tamanho do silêncio, creio.
Opto por escrever de cada vez pequenas partes do texto maior que me cabe dentro, tenho ideias em atraso que se atropelam e só assim as conseguirei acalmar.

Também é difícil recomeçar depois do silêncio,

o que era para ser um breve pausa para festas acabou por se transformar neste buraco negro que me comia as palavras ainda mal eram pensamento. Tudo começou com uma sobrecarga de actividades, agravou com alguma má gestão do tempo e terminou por ser uma grande preguiça de fazer mais.
Nas entrelinhas há outros pormenores, mais tarde talvez.
O relógio biológico também não tem ajudado, agora dá-lhe para me ameaçar com um frio enregelante a partir das dez da noite que me atira irremediavelmente para os lençóis, único sítio onde, com a ajuda de um livro, sou capaz de me manter sem frio até chegar o sono.
Há pois palavras por dizer e histórias por contar.
Regresso.
Passeei pela "Soma dos dias" pela mão de Isi, e pergunto-me como pode uma autobiografia ser tão história? Sempre que lhe leio os livros encontro histórias que podiam ter sido reais, romances baseados em acontecimentos, e fico sempre com a sensação de que é a própria autora a viver aquilo de que está a falar, a vive-lo á maneira dela, contando-nos a história como poderia ter acontecido se lá estivesse. A história da sua vida é o desenrolar desse caminho feito de aprender.
Obrigada pela leitura Isi

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